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tirsdag, april 04, 2006

the end

Fim do 5o dia: Depois num almoço na pizzaria/ restaurante italiano Da Pietro, pago do próprio bolso, jantámos num outro restaurante, este coberto pela expedição, assistindo alegremente a foclore polaco. Ok. Primeiro jantámos os nossos últimos bifes com batatas fritas antes de voltarmos à Noruega onde essas coisas são uma raridade. Depois veio uma sobremesa de chocolate e chantilly, e então sim, lá começaram eles a cantar e a tocar e a dançar. Dois pares, dois homens e duas mulheres. Entranto um dos homens desapareceu, deixando o outro dançando com um sorriso de orelha a orelha (não é exactamente verdade, mas às vezes têm que se adulterar os pormenores para subir as audiências) entre o par de moçoilas. Moçoilas que de quando em quando lhes dava para os agudos e entravam em conflito com os copos de cristal e os sensíveis tímpanos lusitanos deste vosso Abominável. O outro homem voltou vestido de cavalo. Uma figura popular no foclore polaco, parece, o cavalo. É um cavalo muito colorido que tem duas coisas nas mãos com que ele chegou às costaas de todos os presentes. O toque da sorte diz-se. Depois mais umas danças em que vários espectadores foram convidados a participar (agora que penso nisso metade da minha mesa sentiu, por essa altura, uma súbita vontade de ir à casa-de-banho...). E uma dança final onde todos estiveram presentes e que era assim. Dançávamos numa grande roda. Ao centro havia duas pessoas com lenços. Essas pessoas tocavam outra (geralmente do sexo oposto) com o lenço, caminhavam para o centro da roda, abriam os lenços entre os dois, trocavam três beijos e depois era a outra pessoa que ficava com o lenço e tinha a mesma tarefa.
Para acabar mais uma festa num dos quartos do hotel onde os noruegueses mostraram regozijo em esvaziar uma garrafa de absinto, eu dou um gole, tu dás um gole, ele dá um gole, eu dou um gole outra vez. E provavelmente também Jägermeister e cerveja e outras coisas do género, o que levou a que, no
6o dia: a grande maioria dos noruegueses tenha acordado com um ar mais p'ra lá do que p'ra cá, ou simplesmenta não tenha acordado, e não tenha ido visitar o castelo e a catedral. Mas eu lá fui e tal. O castelo parecia mais um museu, que mostrava o tesouro polaco, que ainda é bastante giro e tal mas parece que foi vítima de saques intensos principalmente numa certa guerra com a Prússia. Algumas das melhores coisas expostas nas vitrinas: uma coroa dem um monarca que construiu o castelo, retirada do túmulo do mesmo, por isso mesmo parcamente decorada, mas ainda assim interessante; a espada com que quase todos os reis da Polónia foram coroados, a tal que todos os polacos sabem onde está; uma outra, gigantesca, que foi apenas um presente, mas que um rei, que de polaco não devia ter muito, e pensou que fosse usado na coroação, e lá foi ele de exigir que o coroassem a ele também com aquela espada (devem ter sido precisos vários homens para evitar que o regente acabasse decepado); e uma verdadeira roupa real, à qual não deve ter sido dado tanto uso quanto isso, uma vez que pesava uns quilos valentes. Na catedral ressalte-se "the heart of Poland", um altar ao centro onde estão enterrados uns quantos reis e onde o papa João Paulo II costumava rezar quando estava em Cracóvia, e o sino, onde se diz que quem tocar com a mão esquerda vai ter sorte para a vida inteira (já tenho a sorte do cavalo de folclore, e mais a do sino, depois de visitar a Polónia sei que o resto da vida só me pode correr de feição; life, here I go!) e um daqueles locais para os quais atiramos os nossos Zloty. Diz-se que se fizermos isso acabamos por voltar a Cracóvia, o que quer dizer que em breve vou ganhar um qualquer concurso de um pacote de bolachas e o prémio é uma viagem. À entrada há também a destacar umas coisas pesadas das quais se diz que quando caírem:
opção a) a catedral vem abaixo;
opção b) o mundo acaba.
No nosso grupo integrou-se um irlandês de bandeira debaixo do braço e ares nacionalistas que tinha a mania que era o guia, e como a guia andava a tentar cumprir o tempo que tinhamos pago e só esse, completava as informações, "she forgott to say". Portanto há a realçar "that those are in fact the dragon bones, from the Krakows dragon" (o bicho de estimação oficial de Cracóvia é um dragão). No fim do dia fomos até a um outro hotel, numa criminosa cidade polaca. Fomos proibidos de abandonar o hotel (parece que alguns em anos anteriores acabaram sem camâras de filmar e de fotografar). Pareceu-me um sítio bastante pacífico, mas quem quisesse encontrava no hotel coisas como: um bar, jacuzzi, sala de informática, etc., etc., portanto esquece lá isso, quem é que precisa de sair para ver um conjunto de prédios cinzentos desfilando-se rua abaixo.
7o dia: Chegámos a Berlim. Passámos por um pedaço resistente do famoso muro (aliás, quem quiser comprar pedaços com cinco centímetros quadrados de área do muro, pintados com os graffitis, só precisa de ir a uma loja de souvenirs). Apreciámos as diferenças entre Este e Oeste, e quando viémos para o lado Este observámos também a fotografia de um soldado russo (em sentido contrário vê-se a de um soldado americano). Comemos no Hard Rock Café uns valentes hambúrgueres. Mas o que eu gostei mais foi uma igreja cujo tecto estava destruído e da qual ainda tenho que descobrir a história. No hotel em que dormimos abundavam os simpáticos ursos de Berlim pintados em várias cores e existia um pedaço valente do muro com uma inscrição por baixo.
8o dia: Visitámos dois campos de concentração na Alemanha, um dos quais só para mulheres e crianças. Agora não tenho paciência nem tempo para descrever isso, portanto continuando: acábamos o dia no ferry de regresso à Suécia. No ferry acabei por abrir pela primeira vez uma garrafa de cerveja com uma outra de água (surpreendentes habilidades norueguesas) e por ser acordado antes das cinco da manhã por alguém que dizia: vê, nós não estamos a dormir, ficámos acordados a noite toda (agora eu também estou acordado, obrigado).
9o dia: Regresso a casa. A "casa". No restaurante sueco onde comemos podíamos escolher entre esparguete à bolonhesa, lasagna ou as tradicionais bolas de carne suecas. E houve noruegueses que escolheram bolas de carne! Pela quinta vez na viagem ou algo semelhante! Algo que se está sempre a comer na noruega! Eles realmente têm um gosto gastronómico muito, muito pequeno.
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* A razão porque eu não apresento fotografais é porque a minha máquina é muito pequena, muito fraquinha e a tampa da bateria está partida, ou seja, para aguentar as pilhas lá dentro são precisos metros de fita-cola e uma mão a pressionar. Já não tenho paciência para máquinas completamente automáticas e sem definiçãom, nem a piada das Lomo e das Polaroid, depois de ter usado a semi-automática do meu amigo franco-turco-belga que não esteve comigo na viagem (ele esteve em Oslo ao mesmo tempo). Por isso não tirei fotografias. Talvez quando pedir a um dos meus colegas arranje qualquer coisa. Entretanto tirei bastantes fotografias do hotel de gelo que visite no último fim-de-semana, por isso "stay tuned".
**Para a Micas: Segundo o comentário à minha crónica no livro de Jo Nesbø tinhas tido interesse no mesmo. Na Wikipedia diz que ele, o autor, está traduzido em Alemão, mas não em Inglês. Não sei que livros estão traduzidos, mas é certamente policiais com Harry Hole. De qualquer das formas este Marekors não é o primeiro livro da série, mas sim o penúltimo. Lê aqui.

2 Comments:

Blogger Micas said...

Gosto imenso das tuas crónicas de viagem. É um prazer viajar à boleia do teu olhar.
Obrigada pela dica, vou tentar arranjar o livro cá.
Fica bem. Beijos

11:57 p.m.  
Anonymous Anonym said...

best regards, nice info Laser tattoo removal hinckley Dodge engine pre oilers http://www.cellulite-1.info 401k loans Lincoln moving company Temple stewart furniture Foam mattresses - sacramento ca

11:08 a.m.  

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